
O deputado Hugo Leal – ao lado da superintendente de Logística, Célia Daumas, e do secretário Delmo Pinho – em reunião com prefeitos: audiência pública na Câmara para debater concessão do Sistema Rodoviário Rio de Janeiro/Governador Valadares – Foto: Oscar Valporto
Ao participar de reuniões promovidas pelo governo do Rio de Janeiro sobre a concessão do Sistema Rodoviário Rio de Janeiro-Governador Valadares (BR-116/465/493/RJ/MG), o deputado federal Hugo Leal (PSD/RJ) afirmou que o projeto será tema de audiência pública na Câmara, promovida pela Comissão de Viação e Transportes. “É um projeto estratégico para o estado, que vai trazer investimentos importantes para a infraestrutura do Rio, por isso é fundamental discutir logo para estabelecermos os pontos essenciais que precisam ser alterados. O Estado do Rio não pode pagar, sozinho, mais essa conta”, destacou o parlamentar.
Hugo Leal convocou os prefeitos a mobilizarem os deputados com base eleitoral nos municípios diretamente afetados pela nova concessão – pelo menos, 16 cidades fluminenses na Região Metropolitana e na Região Serrana – para participarem dos debates e pressionarem pelas mudanças necessárias. “Precisamos de um projeto em que os custos para a população sejam mais equilibrados. É importante lembrar que o Rio de Janeiro está pagando por essas concessões há 25 anos”, destacou o deputado, integrante da Comissão de Viação e Transportes desde 2007.
o Sistema Rodoviário Rio de Janeiro-Governador, com quase 730 quilômetros de extensão, inclui o trecho da BR 116 hoje operado pela CRT (Concessionária Rio Teresópolis), o Arco Metropolitano do Rio de Janeiro ((BR-493/RJ), com dois segmentos (o primeiro entre o Porto de Itaguaí e a BR-040/116/RJ e o segundo entre a BR-101/RJ e a BR-116/RJ, um trecho da BR-116/RJ, na Via Dutra, do entroncamento com a BR-101 (Trevo das Margaridas) até o entroncamento com a BR-465/RJ; e um trecho da BR-465/RJ, entre a BR-116/RJ (Dutra) e a BR-101/RJ (Avenida Brasil), a antiga Rio-São Paulo.
O secretário estadual de Transportes, Delmo Pinho, fez uma apresentação sobre a nova concessão para dois grupos de municípios afetados: pela manhã, foram chamados os representantes de municípios da Baixada Fluminense, mais afetados pelas alterações na Dutra e no Arco Metropolitana; à tarde, a reunião foi com municípios das regiões Metropolitana e Serrana, com foco nas intervenções na Rio/Teresópolis. O “Nosso objetivo é apresentar propostas conciliatórias que serão encaminhadas para avaliação do Governo Federal. São estimados R$ 8,8 bilhões de investimentos em melhorias, manutenção e operação das rodovias numa concessão de 30 anos. Precisamos garantir mudanças pontuais e fundamentais agora”, disse o secretário.
Prefeituras e a própria secretaria vão encaminhar propostas e sugestões mas os pleitos do Rio devem ser centralizados no governo estadual. “Precisamos evitar que cada município tente resolver apenas o seu problema o que vai acabar prejudicando o desenvolvimento e o crescimento econômico do estado inteiro, o que poderemos garantir caso a ANTT e o governo atendam essas demandas essenciais”, alertou Hugo Leal. “Se for preciso, vamos até o presidente Jair Bolsonaro para garantir que o equilíbrio nessa concessão”, afirmou o deputado.
Na apresentação, a Secretaria Estadual de Transporte mostro que os investimentos previstos para a nova concessão são semelhantes nos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, a extensão de rodovia a ser concedida é quase igual – ligeiramente maior no trecho mineiro- mas 78% da previsão de arrecadação será no Rio e apenas 22% em Minas. “Consideramos essa discrepância inaceitável. Mas é importante buscarmos uma proposta que traga equilíbrio e isso é possível com mudanças pontuais, porém essenciais”, destacou o deputado Hugo Leal.