Autor da Lei Seca e coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, o deputado federal Hugo Leal (PSB/RJ) participou do painel “Educação de Trânsito nas Redes de Ensino: É possível? Como?” no 21º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, promovido pela ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos. “O Código Brasileiro de Trânsito, que está completando 20 anos, teve entre seus méritos estabelecer a educação para o trânsito nas escolas. Devemos estimular esse ensino dentro de uma perspectiva de formar melhores cidadãos, porque o trânsito é um espaço de cidadania”, afirmou o parlamentar.
O deputado destacou ainda que jovens e crianças, atualmente, têm acesso a todo tipo de informação. “A educação para o trânsito não é uma questão de informação, mas de formação. É preciso encontrar linguagens para atingir o objetivo de formar cidadãos em sua plenitude”, disse Hugo Leal. Também estavam no painel Aparecida Pereira Pires, pedagoga e ex-diretora de Ensino de São Paulo, Alessandra Bianchi, professora da Universidade Federal do Paraná, e Eduardo de Alcântara Vasconcellos, diretor do Instituto Movimento e consultor técnico da ANTP, em debate com moderação do professor Paulo Schimidt, Ex-Presidente da URBS/Curitiba e Ex-Secretário Municipal de Educação de Curitiba.
O autor da Lei Seca frisou ainda que o mais importante “não é se o ensino sobre a educação no trânsito deve se dar através de uma disciplina própria ou transversal; o que interessa é que o ensino provoque uma mudança de comportamento nas pessoas”. O deputado Hugo Leal destacou ainda que a educação e a conscientização são fundamentais para o reduzir o número de vítimas do trânsito. “Desde 2011 o Brasil se comprometeu a desenvolver um plano nacional de segurança viária, como signatário da Resolução da ONU que criou a Década de Ações para Segurança Viária, com a meta de redução de 50% das mortes no trânsito. E estamos muito longe desta meta a apenas três anos do fim da década. O número anual de vítimas permanece assustador, quase 40 mil por ano. Por isso, não perco a oportunidade de discutir o trânsito porque é uma questão de cidadania, de saúde e de segurança pública”, acrescentou.