O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles participou, nesta terça (14/03) de debate sobre a reforma da Previdência com a bancada do PSB na Câmara. O deputado federal Hugo Leal (PSB/RJ) criticou alguns pontos da reforma e defendeu que o problema seja enfrentado “de forma macro”, coim uma visão geral da previdência. “É imprescindível ter a visão do problema como um todo. Hoje essa conta está sendo paga basicamente pelo trabalhador civil urbano, e é preciso colocar todo mundo nessa conta. É como se você chamasse 100 pessoas para um restaurante e apenas 3 pagassem a conta. Por óbvio, a conta fica cara. Mas quando você divide a conta com todos, a divisão fica mais barata para todo mundo”, exemplificou.
Hugo Leal disse ainda que não acredita que a aprovação da reforma discutida atualmente será uma catástrofe para o País, mas também não enxerga como a salvação para o Brasil. “Essa matéria não é nova. Estamos falando da quarta reforma do sistema previdenciário. Precisamos analisar os efeitos das últimas mudanças e entender se eles foram positivos ou não. Não acho que essa reforma é o que vai resolver, mas temos que caminhar”, afirmou o parlamentar.
Durante o debate, que também contou com a presença do secretário da Previdência Social do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, os parlamentares do PSB demonstraram preocupação com o impacto das alterações propostas pelo Governo na vida da população, especialmente a mais carente, e dos trabalhadores rurais. Também questionaram investimentos em programas sociais e defenderam que a reforma aconteça com base no diálogo.
O ministro da Fazenda voltou a afirmar na reunião com a bancada do PSB que as despesas com benefícios previdenciários crescem de forma insustentável o que, segundo ele, demonstra a necessidade da reforma no atual sistema. Henrique Meirelles tem reiterado enfaticamente essa questão, ao afirmar que o déficit da Previdência chega a R$ 180 bilhões.