- Os índices podem não ser tão expressivos neste primeiro ano, mas se uma vida foi poupada, a lei já teria valido a pena. Comparo a Lei Seca como uma criança recém-nascida que, no seu primeiro ano de vida, venceu o estágio da desnutrição. Temos que continuar cuidando dessa criança para que ela cresça e evolua saudável. A Lei 11.705, que chegou para mudar o comportamento de toda a sociedade, também merece esse cuidado ao longo dos anos, para que ele se fortaleça e seja realmente incorporada por todos ? acrescenta o autor da Lei Seca.
Confiante no sucesso da medida, o parlamentar fluminense cita o levantamento do Ministério da Saúde, destacando que a Lei Seca reduziu as mortes no estado do Rio de Janeiro em 53% no segundo semestre do ano passado, em comparação ao mesmo período de 2007. Já o número de acidentados caiu 40%.
Hugo Leal fez questão de ressaltar que, apesar de ter o Estado ter se engajado apenas este ano no esforço da alcoolemia zero no trânsito, o Rio de Janeiro tem apresentado resultados surpreendentes. Conforme o deputado, a operação Lei Seca ? Eu apóio, coordenada pela Subsecretaria de Governo ? tem sido um exemplo para os demais estados por integrar diversos órgãos de fiscalização, por ser permanente e utilizar cadeirantes em suas ações.
Como as operações têm se concentrado na cidade Rio e no Grande Rio, Hugo Leal já solicitou ao coordenador Carlos Alberto Lopes que leve as ações da Lei Seca ? Eu apóio para as Regiões Serrana e dos Lagos. Segundo o parlamentar, o município de Petrópolis, que apenas um etilômetro, nessa época do ano recebe um incremento populacional nos finais de semana, por conta do inverno.
- Nada mais justo e correto, que as operações do Estado se desloquem para os municípios do interior como Petrópolis e Teresópolis, que recebem um bom número de turistas nos finais de semana. Afinal, a Lei Seca vale para todos e temos que preservar vidas em todos os municípios ? alerta o deputado.
Ele cita também o trabalho desenvolvido pela Polícia Rodoviária Federal que realizou, a cada mês, cerca de 13 mil testes com bafômetros. Apenas no estado Rio de Janeiro 1.213 condutores foram autuados, sendo que 991 desses motoristas foram detidos por apresentarem resultados de ingestão alcoólica acima do permitido.
Hugo Leal ainda destaca que os números não são positivos apenas no Rio. Segundo dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), o Sistema Único de Saúde (SUS) economizou, no 2º semestre de 2008, R$ 23,1 milhões em internações motivadas por lesões em acidentes de trânsito em todo o país. O número de internações caiu de 55.070 para 39.464, 28,3% a menos.
A pesquisa revelou ainda outro dado impressionante: houve um declínio de 36,6% nas internações de ocupantes de automóveis, 30% de pedestres, 22,6% de ciclistas, 23,3% de motociclistas e 26,4% de ocupantes de ônibus ou caminhão.
O deputado acredita que o combate ao ato de beber e dirigir deva ser permanente, ou seja, que a fiscalização por parte de agentes de trânsito deva ser constante. Mas, ele lembra, que para o verdadeiro sucesso da lei é importante também a própria sociedade reconhecer que não é mais possível continuar aceitando os altos índices de mortes no trânsito que, até o ano passado, registraram 35 mil vítimas fatais/ano.
Assessoria de Comunicação do deputado federal Hugo Leal