27 de outubro de 2009
Operação da Lei Seca deve ser constante, para evitar que motoristas bebam
Rio – Peço desculpas antecipadas, mas, se o clichê puder ajudar a salvar vidas, não hesitarei em repeti-lo: álcool e direção não combinam. E não combinam a qualquer hora. Se é uma mistura perigosa, que põe em risco a segurança das pessoas, às duas da manhã ou às duas da tarde, também a fiscalização, o meio mais eficaz de impedir que motoristas bebam e dirijam, não pode ter hora marcada.
Dadas as duas pemissas, passemos ao caso concreto. Qual não foi a minha surpresa – e certamente a de muitos leitores – ao saber por O DIA, em reportagem do dia 20, que o estado estendeu as blitzes da Lei Seca até as 10h. Sempre que a fiscalização for ampliada teremos uma boa notícia. Então por que a surpresa? Eu explico.
Jovens estariam esticando a “balada”até as 6h para burlar as blitzes, que iam até as 5h. A sugestão foi da Ong Trânsito Amigo. O horário de 5h às 10h tem mais acidentes com mortos e feridos do que a madrugada nas Avenidas Brasil, Ayrton Senna e das Américas, nas linhas Vermelha e Amarela e na Auto Estrada Lagoa-Barra. A decisão foi uma resposta à esperteza dos motoristas que insistem em beber e dirigir e tentam fugir do bafômetro.
Está, portanto, mais do que bem fundamentada. Mas eu gostaria de sugerir um avanço ainda maior: fiscalização constante, sem hora pra começar ou terminar. Lanço a questão: agora, como antes, não estamos dizendo aos motoristas, jovens ou não, que a fiscalização o tem hora para acabar?
O motorista precisa ser educado. Saber que pode passar pelo bafômetro sempre que for parado em uma blitz, a qualquer hora. Só assim tornaremos a Lei Seca mais eficaz. Às 5h ou às 10h.
Hugo Leal
Deputado Federal (PSC-RJ)
Originalmente publicado no O Dia Online.
Publicado no site da Perkons
http://www.perkons.com/?page=noticias?=opiniao&subid=379