Amanhã (14), eles seguem para São Paulo, na quarta-feira (15), para Brasília e, na quinta (16), para Belo Horizonte.
– Estamos conhecendo a situação, porque o país deixou de investir neste tipo de transporte há muito tempo – declarou o deputado Hugo Leal, a bordo do trem da Supervia no trajeto entre a Central do Brasil e a Estação do Engenho de Dentro, na Zona Norte da cidade.
Ele destacou, também, que os investimentos em transporte urbano ferroviário são muito altos e de retorno lento. Para ele, os custos devem ser assumidos pelo Poder Público em parceria com a iniciativa privada.
– Aqui no Rio, Supervia e Metrô estão apresentando resultados positivos há apenas dois anos. Até então, em 10 anos, só tiveram prejuízo – disse Hugo Leal. – Como o transporte coletivo é concessão pública, o Estado é dono dos trens e as empresas concessionárias são as operadoras. Isto já é uma parceria que vem desde antes da proposta do PPP, as parcerias público-privadas – enfatizou.
Segundo o deputado fluminense, as visitas aos sistemas de transportes ferroviários de passageiros nas capitais também serve para avaliar o que cada sistema tem de melhor, afim de que os novos investimentos incorporem esses benefícios, de acordo com a realidade de cada cidade metropolitana.
O relator da Subcomissão, deputado Leonardo Quintão, disse que o modelo de concessão ? tanto para o Metrô quanto para os trens urbanos ? utilizado no Estado do Rio pode servir de experiência para outros estados que visam melhorar os seus transportes de massa.
Já o secretário estadual de Transportes enfatizou que as melhorias são frutos de acordos e negociações do Governo do Estado e das concessionárias.
– Muitas melhorias são ações que o usuário não vê. No entanto, elas trazem enorme benefício para o sistema. A secretaria estadual de Transportes vem trabalhando muito para promover um salto qualitativo no transportes de passageiros sobre trilhos, uma das principais metas de nossa gestão. A compra dos 30 novos trens da Supervia assim como a aquisição dos 114 carros do Metrô comprova isso ? completou Julio Lopes.
Na cidade do Rio de Janeiro, a Supervia opera os trens suburbanos tradicionais e o Metrô, as linhas 1 e 2 e o chamado metrô de superfície, que são, na realidade, ônibus refrigerados com estações determinadas para embarcar e desembarcar passageiros.
Os deputados começaram as visitas, na companhia do secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, até a sede do Metrô, ao Centro de Controle Operacional e às oficinas, no centro da cidade. Eles estiveram nas obras da linha 1-A, que ligará o bairro de São Cristóvão à Praça da Bandeira. Também visitaram as obras da estação de Ipanema, na Zona Sul da cidade.
Depois, o grupo foi à sede da Supervia, administradora das linhas de trens comuns, que interliga o Centro aos subúrbios e às cidades da Baixada Fluminense. Ali, eles assistiram a um vídeo institucional e conheceram o Centro de Controle Operacional. Depois, a comitiva foi até a Estação Central do Brasil, seguindo em trem especial até o Engenho de Dentro, uma das mais movimentadas na linha dos subúrbios cariocas.
Pouco depois das 17h, eles seguiram de carro até a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para conhecer o Maglev, o trem magnético leve, desenvolvido pelo Instituto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ). O projeto foi apresentado pelo seu coordenador, o professor Richard Stephan.
O Maglev dispensa trilhos e rodas e foi projetado pela equipe do Laboratório de Aplicações de Supercondutores (LASUP), da Coppe, e da Escola de Engenharia da UFRJ, para percorrer um trecho de 114 metros durante a fase de teste e transportar até seis pessoas, por módulo de um metro de comprimento.
A meta, até o ano que vem, é ampliar para três quilômetros o trajeto, na Cidade Universitária, e aumentar a capacidade de transporte para 254 passageiros, por viagem, do Hospital Clementino Fraga Filho ao prédio da reitoria, a uma velocidade de 70 quilômetros por hora, como a do metrô carioca.
Com Agência Brasil e Ascom Secretaria Estadual de Transportes