
O deputado Hugo Leal na Comissão de Viação e Transportes: elogios à decisão de licitação conjunta para os dois aeroportos do Rio – Foto: Claudio Araújo/PSD
O deputado federal Hugo Leal (PSD/RJ) elogiou a decisão do governo federal em leiloar, na mesma licitação, o Aeroporto Santos Dumont e o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão). “Muito importante e muito bem vinda a decisão do governo federal em promover a licitação conjunta dos dois aeroportos. Eles precisam ser operados de forma integrada para benefício do Rio de Janeiro”, destacou o parlamentar que estava engajado na campanha contra a licitação isolada do Santos Dumont por entender que seria prejudicial ao aeroporto internacional e à economia fluminense.
A decisão do governo foi anunciada, nesta quinta-feira (10/02), pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que confirmou a retirada do Santos Dumont da 7ª Rodada de Licitações de aeroportos, que deve acontecer ainda este ano, e o leilão conjunto dos dois aeroportos do Rio em 2023. “A preocupação com o modelo de concessão isolado do Santos Dumont já havia sido manifestada pelo governador Claudio Castro, pelo prefeito Eduardo Paes, por mim, pessoalmente, e por outros integrantes da bancada do Rio no Congresso e também pelo setor produtivo do estado”, destacou Hugo Leal.
A mudança de planos foi divulgada logo após o anúncio de que a empresa Changi, de Cingapura, que controla a concessionária que administra o Galeão, desistirá do negócio. “Não faz mais sentido caminhar com Santos Dumont de forma isolada na 7ª rodada. Nós vamos estudar os dois aeroportos juntos. Nós vamos avaliar a concessão de Galeão e Santos Dumont em conjunto. Isso é uma resposta à preocupação do setor produtivo e do governo do Rio de Janeiro Vamos considerar o terminal Rio andando em conjunto”, declarou o ministro.
O deputado do PSD, integrante da Comissão de Viação e Transportes da Câmara, disse que, finalmente, prevaleceu a lógica de que as duas operações são complementares e devem ser feitas buscando o melhor para o Rio de Janeiro. “Fico satisfeito que o Ministério da Infraestrutura tenha entendido nossas preocupações com o urgente e estratégico fortalecimento do Aeroporto Internacional para a economia do Rio de Janeiro e com a necessidade de operação de forma harmônica – e não concorrente – do Santos Dumont e do Galeão”, afirmou Hugo Leal.
Para o parlamentar, o pedido da Changi – empresa que opera o Aeroporto de Cingapura, um dos maiores do mundo – à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para deixar a concessão reforça a necessidade de integração entre as duas operações. “O Galeão vem sofrendo um processo de canibalização, com transferência de voos, que certamente pesou na decisão da concessionaria”, argumentou.
O ministro da Infraestrutura anunciou que a Changi continuará a prestar os serviços no Galeão até o contrato da nova licitação ser assinado. “A gente vinha acompanhando essa questão do Galeão há algum tempo, e isso se deve à forma como a concessão foi feita e o bid [lance] que foi dado lá atrás. A proposta oferecida na época foi R$19 bilhões, superando R$ 30 bilhões em recursos atualizados. Isso gera uma outorga de mais de R$ 1 bilhão por ano e a receita é insuficiente para essa outorga”, explicou Freitas na entrevista coletiva.
Com Agência Brasil