O deputado federal Hugo Leal (PSB/RJ) elogiou a Operação Rodovida, deflagrada em dezembro pela Polícia Rodoviária Federal, em parceria com estados e municípios, para enfrentar o desafio de reduzir a violência no trânsito. “Estamos em um período de festas e férias escolares quando o movimento nas estradas cresce muito. É importante essa operação da PRF, com ações conjuntas, principalmente nos locais e horários, em que estudos indicam que há maior concentração de acidentes”, afirmou Hugo Leal, autor da Lei Seca e presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro.
O planejamento da operação leva em consideração estudos estatísticos para direcionar as ações de prevenção, fiscalização, socorro às vítimas de acidentes e as campanhas educativas. As ações da PRF, entretanto, não se restringem aos locais em que haverá o esforço conjunto, elas acontecerão ao longo de toda a malha viária federal com o foco voltado para as ultrapassagens proibidas e forçadas, buscando prevenir as colisões frontais. “Com a Lei 13.281, a legislação ficou mais dura com as ultrapassagens proibidas. O motorista flagrado ultrapassando em local proibido ou pelo acostamento será multado em R$957,70 e quem for pego forçando a passagem, obrigando o outro veículo a frear ou desviar, pagará multa no valor de R$ 1.915,40”, lembrou o parlamentar, também presidente da Frente Parlamentar em Defesa da PRF.
Além das ultrapassagens, os esforços de fiscalização estarão voltados para coibir o excesso de velocidade, a embriaguez ao volante e o não uso do capacete, condutas responsáveis por elevados índices de mortes e lesões no trânsito. As motocicletas, motonetas e ciclomotores também serão prioridade nas fiscalizações da PRF. De agosto de 2013 a julho de 2014, foram registrados 31.563 acidentes com esse tipo de veículo, que resultaram em 2.146 mortes e 10.155 feridos graves. A região Nordeste concentrou a maioria das mortes em acidentes envolvendo motocicletas, 933, o que representa 56,5% do total do país. “Motociclistas, hoje, são as principais vítimas das ocorrência de trânsito e devem estar no foco de todas as ações preventivas”, afirmou o deputado Hugo Leal.
O endurecimento da Lei Seca já reflete resultados positivos nas rodovias federais. Antes da sanção da chamada Lei Seca 2 – com a primeira Lei Seca, também de autoria do deputado Hugo Leal – em 2012, a Polícia Rodoviária Federal flagrava um motorista dirigindo sob efeito de álcool a cada 20 testes do ‘‘bafômetro’’. Em 2013, eram necessários 39 testes para multar ou prender um condutor e em 2014, até julho, a cada 43 testes, apenas um indicava o consumo de bebida alcoólica. As mortes em acidentes causados pela embriaguez, de acordo com dados da PRF, tiveram redução de 11% de 2012 para 2013. “Tivemos ainda um estudo recentemente desenvolvido pela Escola Nacional de Seguros indicando que a Lei Seca salvou, desde 2008, 41 mil vidas. E, de acordo com dados da pesquisa, o número de vidas poupadas vem crescendo após a aprovação da Lei Seca de 2012”, destacou o autor da Lei Seca.