Três rodovias de importância estratégica para o Estado do Rio receberão melhorias a partir do ano que vem. Com investimentos de R$ 2,8 bilhões, começam no primeiro semestre de 2014 obras engavetadas há anos e que prometem desafogar o trânsito na BR-040 (Rio-Juiz de Fora), na Via Dutra e na Ponte Rio-Niterói). O deputado federal Hugo Leal (PSC-RJ) foi um dos principais articuladores junto ao Governo federal para garantir que as obras finalmente saíssem do papel.
Prevista no contrato de concessão, a nova pista de subida da Serra de Petrópolis será construída entre os quilômetros 102, em Duque de Caxias, e 82, em Petrópolis. A obra deve durar aproximadamente três anos. Atendendo a uma reivindicação antiga, a praça de pedágio em Xerém será transferida para o Km 102, livrando os moradores do pagamento de tarifa nos deslocamentos internos.
Hugo Leal ressaltou que, embora o Governo tenha autorizado uma contrapartida financeira para realização das obras, as concessionárias não terão seus contratos prorrogados. O acordo fechado pela presidente Dilma Rousseff, em março, prevê que a CCR (Dutra e Ponte) e a Concer (Rio-Juiz de Fora) recebam dinheiro do Tesouro Nacional para fazer as obras. “As concessionárias queriam prorrogar os contratos para manter os lucros na exploração das rodovias. Mas a presidente foi clara ao afirmar que não haverá prorrogação. Isso seria prejudicial ao interesse público”, alertou.
Vice-presidente da Comissão de Viação e Transportes da Câmara, Hugo Leal disse que a Concer será fiscalizada com relação aos prazos de início e término da obra. “A concessionária tem que realizar as melhorias com recursos próprios. O que extrapolar, o Governo federal vai indenizar a empresa, mas somente depois que a obra estiver concluída”, afirmou.
O deputado disse ainda que a BR-040 tem uma das tarifas mais altas de pedágio entre as rodovias federais (R$ 8 para veículos de passeio). Ele elogiou a decisão do Governo de não aceitar a prorrogação automática do contrato, que vence em 2021. “É preciso uma nova licitação como forma de garantir obras de modernização e tarifas justas para os usuários”, concluiu.