>É importante frisar que as alterações foram elaboradas após ampla discussão pelo Comitê Nacional de Mobilização pela Saúde, Segurança e Paz no Trânsito, composto por especialistas do governo, do Legislativo e da sociedade civil.
O CTB incorporou diversas mudanças ao comportamento dos motoristas, como o uso do cinto de segurança. Ainda assim, é grande o número de acidentes de trânsito em todo o País.
Nos últimos três anos ocorreram 35 mil mortes no trânsito a cada ano, ao custo de R$ 22 bilhões ao governo. Não é mais possível aceitar o aumento desse número ou considerar que um acidente de trânsito é uma mera fatalidade.
Conforme o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a cada morte evitada no trânsito, o governo economiza R$ 467 mil; acidente a menos com feridos gera uma economia de R$ 96 mil. A economia envolve a redução de custos com a remoção das vítimas, atendimento pré-hospitalar, internação e atendimento médico, remoção dos veículos, gastos com o deslocamento e treinamento de policiais para lidar com os acidentes.
Em dois meses de lei seca, houve redução de 23% no número de acidentes nas estradas federais, gerando uma economia de R$ 48,4 milhões. São recursos que podem ser aplicados em mais segurança nas estradas e programas de educação no trânsito.
Porém, se o aumento do rigor servir para evitar uma única morte, a mudança da lei terá valido a pena.