De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, o Rio de Janeiro foi o Estado que melhor apresentou resultados a partir da fiscalização proposta pela Lei Seca. Em 2008, um ano antes da aplicação da lei vigorar, foram computadas 36.924 mil mortes em todo o Brasil. Um ano depois registrou-se 34.597 casos de óbito, o que significa uma redução de 6,2% no número de mortos. Ou seja, cerca 2.300 pessoas deixaram de morrer no país. Somente no Rio, mais de cinco mil foram salvas, incluindo o total de feridos, equivalente a uma diminuição de 32%.
– Não resta a menor dúvida da relevância da Lei Seca como instrumento de transformação sócio-comportamental. Eu comparo o combate ao álcool no trânsito com a Seleção Brasileira na Copa. A Lei Seca é como a Seleção do Dunga: está longe de ser uma unanimidade, mas não dá para não torcer por bons resultados. Não podemos torcer contra a Lei Seca – ressaltou Hugo Leal
Os números de investimento no Estado do Rio são expressivos. A campanha estadual custa R$ 4 milhões por ano e mobiliza 177 funcionários, além de 30 cadeirantes que atuam na conscientização dos motoristas e na repressão de alcoolizados no trânsito. Os dados divulgados pelo governo apontam que 5,5% dos cariocas se recusam a fazer o teste do bafômetro, metade do que era registrado no começo da campanha.
Brasil será destaque no ‘Vida no trânsito’
Representante da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), Diego Vitória falou sobre o “Vida no Trânsito”, campanha de que cinco cidades brasileiras (Campo Grande, Palmas, Teresina, Belo Horizonte e Curitiba) participarão e que é organizada junto com a OMS (Organização Mundial da Saúde). O objetivo é fortalecer as políticas de prevenção de acidentes no trânsito. O Ministério da Saúde coordenará a ação com órgãos estaduais. O Rio não foi incluído entre as cidades, porque não está no topo do ranking de mortes no trânsito.