Após uma solução negociada que envolveu o presidente Michel Temer, os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco e a bancada do Rio de Janeiro no Congresso, o Ministério da Saúde anunciou na tarde desta quinta (03/01) que a primeira colocada nas eleições para a presidência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Verônica Trindade Lima, vai assumir o cargo. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, informou que houve um “entendimento em torno da unidade” da instituição.
Nísia, os ministros, o coordenador da bancada do Rio, deputado federal Hugo Leal (PSB/RJ), e a segunda colocada na disputa, Tania de Araújo-Jorge, reuniram-se com o presidente que, de acordo com Barros, patrocinou um “momento de conciliação” para a polêmica sobre a sucessão na entidade. Segundo Ricardo Barros, Tania e os demais integrantes da chapa vão participar da gestão de Nísia após uma “conciliação de interesses de união em torno dos objetivos propostos pela Fiocruz”.
Para Hugo Leal, a conciliação vai permitir que a Fiocruz prossiga com seu trabalho de excelência. “Buscamos o diálogo e o entendimento e creio que conseguimos uma solução adequada para que a instituição siga seu trabalho com as mudanças e os ajustes que o momento exige”, disse o coordenador da bancada. O ministro Ricardo Barros admitiu que chegou a cogitar a nomeação de Tânia, mas entendeu que a solução de conciliação foi a mais adequada. “A presidente será a Nísia e haverá, da parte do ministério e da chapa da Tania, a possibilidade de interlocução e de participação no processo de busca dos objetivos que foram estabelecidos pelo ministério para a Fiocruz”, disse Ricardo Barros.