O deputado federal Hugo Leal (PSB/RJ) participou nessa quinta-feira (01) do Seminário realizado pelo Valor Econômico sobre Transporte Público Urbano, no auditório da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos – NTU, em Brasília. O objetivo do evento é debater com as empresas, autoridades, políticos e usuários como melhorar os sistemas de transportes urbanos por todo o País.
Hugo Leal acredita que “um país rico não é aquele que cada um pode comprar um veículo, e sim aquele que todos podem andar de transporte público de qualidade”. Segundo o parlamentar, a sociedade precisa participar do debate e dizer que tipo de transporte ela quer. “É preciso ouvir a população também no que diz respeito ao tipo de financiamento que queremos para o transporte público˜, afirmou. Hugo Leal defende, ainda, que seja feita uma melhor distribuição da carga tributária do país, que hoje é concentrada em sua maioria na União. “Não dá para imaginar a criação de mais um imposto. A carga tributária que temos hoje é muito grande. O que precisamos é que a distribuição desses tributos seja mais justa, principalmente para os municípios”, disse o deputado.
Presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro e autor da Lei Seca, Hugo Leal lembra que o transporte público é um direito prioritário de todo cidadão. “Quanto mais pessoas circulando de transporte público, teremos menos veículos nas ruas, menos poluição, menos acidentes, e obviamente menos mortes e feridos”, alertou.
José Roberto Generoso, Secretário Nacional de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, abriu o evento falando das ações e projetos do governo federal para buscar melhorias no transporte público. Na oportunidade, foi apresentada pesquisa realizada pelo Instituto FSB Pesquisa que mostra que a maioria das empresas de ônibus está enfrentando queda de demanda, perda de mão de obra e endividamento. Segundo o estudo, quase 30% das empresas de ônibus urbano possuem dívida superior a 40% do faturamento anual. Para o presidente do NTU, Otávio Cunha, a situação é preocupante. “Nos últimos 20 anos o setor tem perdido demanda, produtividade e sofre com ausência de políticas públicas para socorrê-lo”, afirmou. A pesquisa aponta, ainda, que a mão de obra sofreu uma queda de 5,1% nos últimos dois anos (2015/2016).
O seminário contou com palestras sobre a realidade econômico-financeira do setor de transporte urbano, contratos de concessão, e também sobre tarifas, financiamento e sustentabilidade do setor.