Os 10 anos da Lei Seca, celebrados em junho, e o lançamento do livro do deputado federal do Rio de Janeiro Hugo Leal (PSD/RJ), autor da lei, vem incentivando debates sobre a violência no trânsito e as maneiras de reduzir os números de mortes nas vias do país. Presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, o deputado Hugo Leal afirmou:
“Tenho sido muito convidado para debater o impacto dos 10 anos da Lei Seca e sempre faço um balanço muito positivo. Além de salvar vidas, 41 mil vidas como calculado pelo estudo da Escola Nacional de Seguros, a Lei Seca vem ajudando a criar na população uma consciência do perigo da mistura de bebida alcoólica e direção”.
Integrante da Rede Global de Legisladores pela Segurança Viária e do Grupo de Colaboração da ONU pela Segurança Viária, Hugo Leal lembra ainda que os perigos do consumo de bebida alcoólica serão o tema da campanha do Observatório Nacional de Segurança Viária durante a a Semana Nacional de Trânsito 2018, em setembro. “Quando você bebe e dirige, alguém sempre machuca” é o tema da campanha. “A conscientização e a educação devem ser permanentes. Infelizmente, os governos, no Brasil, dão muito pouca atenção a esta tragédia que é o número de mortes e lesões no trânsito”, afirma o autor da Lei Seca.
No livro Lei Seca, 10 anos – A Lei da Vida, o deputado Hugo Leal destaca ainda o estudo realizado pelo Centro de Pesquisas e Economia do Seguro, da Escola Nacional de Seguros, apontando que, entre 2008 e 2016, a legislação sobre álcool e direção foi responsável por salvar 41 mil vidas salvas e poupar ao país R$ 558 bilhões. O deputado federal do RJ frisou, lembrando os quase 35 mil mortos registrados pelo Ministério da Saúde em 2016:
“Esse estudo indica ainda que 235 mil pessoas deixaram de ter invalidez permanente por conta da Lei Seca. São números expressivos. Mas o Brasil, apesar de estar registrando queda no número de mortes no trânsito, ainda tem índice muito alto”.
Hugo Leal vem destacando nos debates sobre os 10 anos da Lei Seca sua expectativa sobre a implantação do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito, que foi aprovado em dezembro pelo Congresso Nacional e estabelecerá metas a serem cumpridas por municípios, estados e pela própria União para diminuir o número de vítimas.
“A meta é ambiciosa: reduzir em 50% o número de mortes. Os números serão transparentes para que a sociedade possa cobrar daqueles gestores que não estejam cumprindo sua parte, responsabilizando aqueles que não estejam comprometidos com a vida”.