A Comissão Mista de Orçamento (CMO) promoveu, nesta quinta (24/8), audiência pública para debater os caminhos para o Brasil até 2035, inspirada pela publicação ‘Brasil 2035 – Cenários para o Desenvolvimento’, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento (Assecor). “As pessoas vieram me perguntar porque eu queria discutir 2035 agora, quando a gente nem sabe o que vai acontecer nesse país amanhã ou depois. E eu responde que era exatamente por isso. Porque precisamos planejar o futuro agora para o Brasil avançar”, contou o deputado federal Hugo Leal (PSB/RJ), responsável pela convocação da audiência pública.
Hugo Leal elogiou a publicação ‘Brasil 2035 – Cenários para o Desenvolvimento’, lembrando que esteve no lançamento do livro no Museu do Amanhã, no Rio. “Fiquei muito entusiasmado porque ela aponta para discussões que devemos travar aqui no Congresso para definir o caminho que o Brasil vai optar por trilhar até 2035 para que tenhamos um país desenvolvido, com uma sociedade mais livre, justa e solidária no fim deste século”. Para o parlamentar, a Comissão Mista de Orçamento é o lugar ideal para essa discussão. “Essa comissão é a mais importante do Congresso porque discute o futuro. E precisa estar mais voltado a planos plurianuais, até decenais”, acrescentou Hugo Leal, coordenador da bancada do Rio na Câmara.
Participaram do debate os diretores do Ipea, Sérgio Abreu e Lima Florêncio e Maurício Fleury Curado, o presidente da Assecor, Leandro Freitas Couto, e o coordenador de Inteligência Estratégica da Secretaria de Inteligência e Macroestratégia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Edson Bolfe, todos envolvidos na publicação. Eles desenvolveram quatro cenários: ‘Vai levando’: o estado permanece agindo reativamente e o paí segue grande exportador de commodities, com economia afetada por favores externos e com educação e saúde de baixa qualidade; ‘Crescer é o lema’: governos priorizam o crescimento econômico, mas a desigualdade permanece e as tensões sociais crescem; ‘Novo Pacto Social’; a prioridade é o enfrentamento da dívida social com crescimento moderado da economia, mas sem investimento em atividade inovadoras; ‘Construção’: Brasil avança de forma lenta para conciliar políticas econômicas e sociais, com fortalecimento do planejamento a longo prazo.