Diante da repercussão de reportagem publicada no Jornal Folha de São Paulo, esta semana, o deputado federal Hugo Leal (PROS-RJ), autor da Lei Seca, escreveu uma carta sobre testes toxicológicos para motoristas profissionais.
Confira a carta na íntegra:
Como autor da Lei Seca, que conseguiu diminuir em 40% o número de acidentes no Brasil, sinto-me na obrigação de esclarecer alguns pontos levantados pela matéria publicada em 23 de novembro, sobre a realização de exames toxicológicos com o fio de cabelo para motoristas profissionais.
Liderei, em agosto deste ano, juntamente com os deputados federais Vanderlei Macris e Nelson Marquezelli, uma comitiva aos EUA para conhecer laboratórios especializados no exame do cabelo, a JB Hunt (quinta maior e transportadora do país) e o Departamento de Transportes. Todos foram unânimes em reconhecer a eficiência e importância do exame do cabelo para reduzir acidentes e salvar vidas.
Em 2017, os laboratórios acreditados já estarão prontos para fazer as análises no Brasil. Até lá, já teremos o volume de exames necessário para praticar valores condizentes com a escala americana, aqui no Brasil, com a mesma qualidade e acreditação forense, indispensáveis.
Com relação à afirmação do Contran sobre a situação econômica do País, estudo econômico do IPEA demonstra que a violência no trânsito custa, anualmente, R$ 50 bilhões ao Brasil. Os exames correspondem, portanto, a menos de 1% daquele valor e têm potencial para reduzi-lo em mais de 20%. Ou seja, mais de 10 bilhões de economia, sem contar o mais importante: as vidas salvas e os acidentes que deixarão de ocorrer.
Hugo Leal – Deputado Federal e autor da Lei Seca