Deputado participa de encontros sobre redução da morbimortalidade no trânsito
Participando da reunião do projeto de Redução da Morbimortalidade por Acidentes de Trânsito, o líder do PSC na Câmara, deputado Hugo leal (RJ), defendeu na terça-feira (20), em Brasília, a necessidade de implementar uma política pública permanente de trânsito.
Numa iniciativa do Ministério da Saúde, o Projeto financia ações de conscientização no trânsito nos municípios e anualmente reúne representantes de órgãos de saúde e trânsito.
Segundo Hugo leal, autor da lei Seca, o rigor da nova legislação, com punições imediatas para quem é flagrado dirigindo embriagado, é um avanço inconteste, mas não pode se tornar uma ação isolada. “Mal comparando, funciona como alguém que estabelece a meta de perder dez quilos e perde oito. O problema não é alcançar os dois quilos restantes, mas manter o que já se perdeu. A Lei Seca foi u grande avanço, mas precisamos perenizar uma política nacional de segurança no trânsito”, argumentou Leal, em reunião do projeto de Redução da Morbimortalidade por Acidentes de Trânsito.
Para o parlamentar, a questão que se coloca é a de quatros mortos no trânsito, nós como nação, estamos dispostos a aceitar. “esta a questão-síntese da organização Mundial de Saúde sobre a violência no trânsito. No Brasil, estamos dispostos a aceitar 37 mil mortos? Talvez 35 mil? São indagações mórbidas, mas é a realidade que estamos vivendo”, alertou.
Ao comentar ainda o êxito da lei Seca, Leal lembrou que nova legislação “pegou” porque prevê punição imediata para a embriaguez ao volante: apreensão da carteira de motorista, multa no valor de R$ 957 e retenção do veículo. Quando o Código Brasileiro de Trânsito foi sancionado, em 1997, houve redução drástica de violência nas estradas nos anos de 1988 e 1989, mas passados, dez anos o êxito diminuiu.
Isso porque, segundo o líder do PSC, as punições previstas, como a inscrição de pontos na carteira para cada infração cometida, não tinham efeito imediato e a forma de aplicação despertou muita confusão. O argumento de Hugo Leal está respaldado por pesquisa do Ministério da Saúde, realizada desde 2007, e abordada no encontro.
A sondagem, feita com universitários de São Paulo e Rio de Janeiro, revela que o maior temor dos jovens quanto á Lei Seca vem justamente da punição imediata. Ainda assim, 84% deles aprovam a nova legislação. Em 2007, 36% dos jovens saíam para se divertir sem ingerir bebida alcoólica, Hoje, esse índice alcançou 50%. Os números são atribuídos ao rigor da lei pelos próprios entrevistados.
Publicado no jornal “O Riopretano” de São José do Vale do Rio Preto, em 24 de outubro de 2009.